Historial

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Conheça o nosso percurso

A Bela Vista – CEI teve origem num grupo de pessoas de Águeda, que se organizou e comprometeu-se em dar resposta às crianças com deficiência.

No ano de 1975/76 verificou-se por todo o país um despertar para a existência, entre nós, de crianças com deficiência, que até então eram ignoradas, deixadas simplesmente a cargo das suas famílias.
Em Águeda, após uma sensibilização do Centro de Paralisia Cerebral de Coimbra, surgiu um movimento de pais e educadores, que decidiu tomar posição perante o problema da criança com deficiência.

Foi a preocupação com as crianças deficientes o primeiro factor que mobilizou grupos de pessoas tornando-o uma “experiência inovadora de intervenção”.

Tornaram – se metas do nosso trabalho:
• Assumir a criança com deficiência como indivíduo, parte integrante de uma comunidade que por ela é responsável;
• Sensibilizar a sociedade para a problemática da criança com deficiência;
• Responder localmente às necessidades da comunidade através da organização e aproveitamento máximo dos recursos existentes e criação de estruturas essenciais, a partir da responsabilização de todos os indivíduos.

Conseguiu-se um espaço próprio, e nasceu um projecto: Bela Vista – como Jardim de Infância, contestando a atitude de discriminação e segregação de outras organizações educativas existentes. Reservou 20% das suas vagas para a frequência de crianças com deficiência, hoje necessidades educativas especiais, em nome do direito de todos à Educação, contra a Exclusão.

Evolução

A Bela Vista foi crescendo, tentando dar resposta às crianças/famílias, num equilíbrio entre necessidades e recursos.

Neste sentido, foi actuando como grupo de pressão do qual, surgiram serviços como: a Equipa de Ensino Especial (1981); e o Centro de Saúde (1981),... dando inicio à Consulta de Desenvolvimento para avaliação e apoio de crianças com problemas de desenvolvimento..

Como resposta directa às crianças, a Bela Vista foi tentando responder às necessidades da comunidade, nomeadamente com a valência do ATL, para dar apoio à integração escolar das crianças com deficiência, e com a Creche e a Creche Familiar/Amas Legalizadas. Esta última surgiu com o objectivo de melhorar as formas de atendimento às crianças, colaborar com a família na protecção e educação da criança e proporcionar um ambiente familiar adequado ao desenvolvimento integral da criança.

Em 1984, é criada oficialmente a Equipa Multiprofissional, que teve o Centro de Saúde como instituição de enquadramento.

Estas duas equipas, Bela Vista e Equipa Multiprofissional, adoptam a perspectiva ecológica do desenvolvimento humano e a abordagem sistémica como referência no estudo das situações-problema. Seguem uma perspectiva humanista, assumindo uma atitude de ajuda na relação com os pais e profissionais, procurando escutá-los e aceitá-los na expressão das suas ideias e sentimentos.

Paralelamente ao desenvolvimento de aspectos pedagógicos inovadores, na prestação destes serviços, orientados para a integração das crianças com problemas, a Bela Vista investiu em diversas acções de âmbito sócio-comunitário, que tiveram como ponto de partida o estabelecimento de relações de parceria com profissionais de diversos locais e como ponto de “chegada” a elaboração e implementação de projectos locais e integrados que respondessem a problemas concretos emergentes.

Entre estas acções e projectos de âmbito comunitário destacam-se:

  • Os levantamentos concelhios de crianças e adultos com deficiência feitos entre 1975 e 1979, a actualização destes entre 1982 e 1989, que passaram a incluir a inventariação de recursos e a organização de dados segundo critérios de “famílias de risco” e o levantamento de dados sobre crianças nascidas entre 1990 e 1996 sinalizadas por alto risco biológico e ambiental associados ou não a risco familiar;
  • A orientação e apoio ou contínuo às famílias das crianças e jovens sinalizados no acesso aos serviços de saúde, educação e segurança social existentes na comunidade;
  • As acções de sensibilização e formação de Educadoras de Jardim de Infância, Escolas, bem como de outros profissionais e de grupos intersectoriais e multiprofissionais do meio;
  • A dinamização e cooperação com actores locais na mobilização de recursos materiais e humanos e a viabilização da criação de soluções imediatas e de novas estruturas informais e formais locais, essenciais a uma vida com dignidade das pessoas e comunidade visadas;
  • A cooperação na elaboração e Intervenção de Projectos integrados e processos de intervenção comunitária assente no reconhecimento das necessidades de famílias com crianças e jovens de risco social/desvantagem.
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A partir de 1990, a Bela Vista em parceria com Equipa de Educação Especial, Centro de Saúde, CRSS e Câmara, deu início a um Projecto denominado “Grupos Comunitários”, que consistiu na criação de espaços destinados às crianças em desvantagem, sem compromisso de mensalidades ou horários, com vista ao desenvolvimento do seu potencial e da sua capacidade de intervenção e cidadania. Dos treze grupos comunitários existentes, oito deram origem a Instituições/IPSS.

Em 1995 desenvolve-se o projecto “Contador de Sonhos”, financiado pelo então Projecto Vida/IPDT, em parceria com Centro de Saúde, trabalhando com as IPSS (Ex-grupos comunitários), por forma a manter a filosofia e dinâmica destes grupos. Utilizámos como estratégia a formação contínua de profissionais e um trabalho de projecto com as instituições implicando animação nas mesmas, promoção de intercâmbios e realização de feiras/festas na Comunidade.

No decurso deste trabalho e após novo levantamento concelhio percebeu-se que urgia intervir ao nível da intervenção precoce e do trabalho com jovens. É desta necessidade, que nascem os Projectos: “Espaços e Laços entre Mães, Bebés e Comunidade” e “Espaços e Laços entre Adolescentes, Jovens e Comunidade”, financiado pelo Programa Ser Criança.

Em 2001, na sequência dos projectos anteriores, e numa vertente mais ecológica do desenvolvimento humano é criada a valência Centro de Apoio e Aconselhamento Parental – CAFAP tendo por finalidade o desenvolvimento de actividades e serviços de Promoção e Integração Social de Famílias, Crianças e Jovens, em situação de disfunção e risco social ou de perigo, nomeadamente através de acções de atendimento/acolhimento, informação e orientação, sendo abrangente ao concelho de Águeda.

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Em Abril de 2004 é aprovado o Projecto “Caminhos de Cidadania” – financiado pelo POEFDS, com duração de 2 anos e tem por objectivo: - Promoção do protagonismo dos jovens na comunidade e das redes de solidariedade inter-jovens, através do apoio ao associativismo juvenil formal e informal, pela criação de oportunidades de aprendizagens e prática de cidadania no local, apoiando a inclusão de jovens de risco nos grupos de jovens existentes; - Criar condições para que os jovens se assumam como agentes/autores de mudança social e desenvolvimento local, promovendo eles próprios oportunidades de emprego; - Potenciar a acção dos agentes de desenvolvimento local, no sentido de assegurar a criação de um grupo promotor do desenvolvimento coeso, que assegure a continuidade do processo conceptualizando e concretizando estratégias de intervenção.

Em Novembro de 2004 é também aprovado o Projecto “Entre Amigos” – financiado pelo Programa Escolhas 2ª Geração, com duração de 2 anos e tem por objectivo: - Reforçar o desenvolvimento das competências pessoais e sociais, bem como a autovalorização e construção do Projecto de Vida; - Fomentar a participação e cidadania activa dos indivíduos e dos grupos, o associativismo formal ou informal e o desenvolvimento de uma conscientização de autoria do futuro individual e colectivo; - Desenvolver dinâmicas de inclusão social, condições de reconhecimento social e construção de redes sociais de apoio ao nível das famílias, escola e comunidade; - Apoiar a inclusão digital dos jovens.

Julgamos que os pressupostos e áreas de intervenção atrás referidas vão de encontro aos conhecimentos actuais sobre as características dos Programas de Desenvolvimento Sócio Comunitário, sobretudo na ênfase que é dada à participação dos jovens, técnicos e comunidade na criação de condições para que estas constituam “ecossistemas” humanos, que providenciem a satisfação de necessidades de saúde, educação e o bem estar geral dos seus membros.

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